CPMI aprova plano de trabalho para investigar atos golpistas

Eliziane Gama diz que é necessário investigar série de eventos de 2022, que culminaram com o 8 de janeiro/Foto: Pedro França (Agência Senado)

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou nesta terça-feira (6) o plano de trabalho para as  investigações do colegiado formado por senadores e deputados. A proposta foi aprovada por 18 votos e teve 12 votos contrários.

Em reunião no Senado Federal, Eliziane disse que a CPMI buscará a identificação dos mentores, financiadores e executores dos acampamentos na região do Quartel-General do Exército. Ela destacou que as linhas gerais da investigação poderão ser ampliadas com o surgimento de novos fatos a partir de depoimentos e perícias de documentos oficiais.

“Ao cabo das investigações, deverão ser oficiados os órgãos estatais de persecução penal, além das autoridades administrativas competentes, com vistas à responsabilização dos possíveis envolvidos, seja pela prática de crimes comuns, de responsabilidade ou pelo cometimento de infrações administrativas, além dos inúmeros ilícitos de natureza civil aptos a gerarem o dever-poder de o Estado cobrar a justa reparação pelos vultosos prejuízos sofridos”, explicou a senadora.

Conforme Eliziane Gama, uma série de eventos ocorridos em dezembro de 2022 culminaram com os ataques às sedes dos três Poderes em  Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Por isso, as investigações abrangerão os acontecimentos dos dias 12 e 24 de dezembro do ano passado, quando vândalos tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e incendiaram veículos em Brasília. Os extremistas também colocaram uma bomba nas imediações do aeroporto da cidade.

A relatora apresentou uma lista 37 nomes de pessoas que deverão ser chamadas à prestar esclarecimentos sobre os atos antidemocráticos. Os requerimentos de convocação serão votados pelos parlamentares na próxima semana.

Entre as autoridades que devem depor à CPMI estão Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro-chefe de Segurança Institucional do governo Bolsonaro; e Ricardo Cappelli, que foi interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal.

Com informações da Agência Senado

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