Suspeito do caso Porta dos Fundos orientou bomba em grupo contra Lula

Principal suspeito de atacar a sede da produtora Porta dos Fundos em 2019, Eduardo Fauzi, solto em março do ano passado, mantém conduta explosiva. Uma investigação sigilosa aponta que, após a vitória eleitoral de Lula, o economista de 45 anos orientou um “grupo extremista violento” a montar um artefato conhecido como coquetel Molotov.
Mensagens interceptadas no Telegram apontam que a bomba caseira seria arremessada acompanhada de um grito específico: “Faz o L”.

A página em questão se chama “Falange da Ordem Nacional” e foi criada em 2 de outubro de 2022, em meio à eleição presidencial. Os organizadores se aproveitaram dos protestos ocorridos após o segundo turno, que contestavam a vitória de Lula, para recrutar novos membros e fazer o grupo ganhar corpo.

Em uma das mensagens interceptadas obtidas pela coluna, um integrante que se identifica como “Tenente Lisboa” envia uma imagem que indica como preparar um coquetel Molotov. “Rolha”, “pano”, “gasolina” e “óleo de carro” eram alguns dos itens destacados.

Um dos organizadores do grupo, que responde pelo nome de “Falange da Ordem Nacional – Chat Membros”, responde: “Não se esqueçam de gritar ao jogar: ‘Faz o L’”.

Eduardo Fauzi, então, interage com a postagem de Tenente Lisboa: “Não precisa de rolha… o pano já veda o líquido o suficiente pra permitir a explosão”. O criador da página, que citou o “Faz o L”, replica: “Seu conhecimento é interessante, meu honorável camarada”.
Fauzi responde: “Qualquer coisa a consultoria é gratuita :)”.

A investigação em questão foi remetida ao GSI dias antes da posse de Lula, em 1º de janeiro deste ano. E fez parte do mapeamento de possíveis ameaças ao presidente eleito.

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