Anderson Torres deixa prisão, mas terá que usar tornozeleira

Anderson Torres ficou detido por quatro meses no 19º Batalhão da PM/Foto: Marcelo Camargo-AB

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, deixou o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal na noite desta quinta-feira (11), após quatro meses de prisão sob suspeita de omissão no enfrentamento aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília. Naquela ocasião, ele ocupava o cargo de Secretário de Segurança do Distrito Federal.

Torres foi liberado após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que definiu uma série medidas cautelares, como por exemplo o uso de tornozeleira eletrônica,  o recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana e a entrega do passaporte à Justiça. Além disso, conforme despacho de Moraes, serão cancelados todos os passaportes já emitidos para Anderson Torres,  como também será suspenso o porte de armas de fogo dele, inclusive as funcionais. O ex-ministro do governo Bolsonaro também fica proibido de usar as redes sociais e de se comunicar com os demais investigados pelos atos golpistas.

Delação premiada

Anderson Torres estava preso desde o dia 14 de janeiro. Para a defesa dele, que apresentou o pedido de soltura, seu cliente poderia deixar a prisão por não oferecer riscos à apuração do inquérito sobre o 8 de janeiro. A defesa descartou a possibilidade de o ex-ministro fazer um acordo de delação premiada com a Justiça. Conforme  o advogado Eumar Novacki, apesar disso Torres está disposto a colaborar com as investigações. “Não existe a possibilidade de delação. O que o Anderson vai fazer é cooperar para que se esclareça, o mais breve possível, os fatos que levaram aos odiosos atos de 8 de janeiro”, afirmou Novacki, durante entrevista coletiva.

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