Produtores sul-mato-grossenses querem ampliar exportações após fim do embargo chinês

No MS, mais de 100 frigoríficos buscam se credenciar para fornecer carne à China /Foto: Reprodução

Pecuaristas acreditam que reunião  entre Lula e governo chinês ajudará a aumentar exportação de carne para o país asiático

Após a decisão da China, de suspender o embargo à carne bovina brasileira, o esforço de produtores agora é para ampliar o credenciamento de frigoríficos junto ao gigante asiático. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (MS), Jaime Verruck, o momento é propício para novos negócios, tendo em vista a reunião que acontecerá nos próximos dias entre a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governo daquele país.

“Temos uma lista de mais de 100 frigoríficos buscando o credenciamento para o boi-China. É importante, também, com essa visita do presidente Lula, que a China amplie esse número de frigoríficos credenciados, o que irá favorecer a pecuária sul-mato-grossense tanto na participação no mercado, como na remuneração ao produtor,” afirmou.

Para o secretário, a decisão do governo chinês de suspender o embargo à compra de carne bovina brasileira reafirma a confiança internacional na indústria nacional. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, após reunião com o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua, na  quinta-feira (23).

“Isso já era esperado, mas foi importante que ocorreu antes da ida do presidente Lula à China. O protocolo estabelece esse embargo automático, na ocorrência de casos de doença no rebanho, e espera-se um retorno mais rápido ao ser identificado a inexistência de perigo de contaminação ou de proliferação dessa doença no rebanho brasileiro”, ponderou Verruck.

O Mato Grosso do Sul tem no mercado chinês um filão importante. No ano passado foram exportadas 61.540 toneladas de carne bovina para a China, conforme levantamento da Coordenadoria de Economia e Estatística da Semadesc. Estão habilitadas três plantas frigoríficas no Estado (Iguatemi, Rochedo e Aparecida do Taboado), todas independentes, não vinculadas às grandes cadeias produtivas. Com a suspensão do embargo, esses frigoríficos poderão retomar os abates. A expectativa do secretário Jaime Verruck é que isso resulte em uma melhora imediata nos preços pagos aos produtores.

“Esse embargo gerou uma queda de preço da carne bovina no mercado interno. Houve, inclusive, paralisações de alguns abates dos frigoríficos que têm na cota-China o principal mercado. Com a volta à normalidade, esperamos um impulso importante. A pecuária sul-mato-grossense tem uma carne de qualidade, livre de vacinação, com um projeto de sanidade muito bem consolidado e uma identificação de nossos produtos com qualidade”, concluiu o secretário.

Fonte: Portal do Governo do MS

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