Internautas criticam prefeitura por decisão de remanejar salas de leitura da rede municipal

A proposta de remanejar pelo menos 50 bibliotecas das escolas municipais para aumentar o espaço para novas turmas causou revolta de pais e professores. Nas redes sociais, eles reclamam da decisão da prefeitura, considerada um gesto na contramão do incentivo à leitura. 

Quando perguntado o porquê de querer fechar as bibliotecas das escolas, o prefeito afirmou que a intenção é apenas remanejar esses locais e que os livros continuam sendo uma prioridade da prefeitura, já que a SME enviou cerca de 2 mil novos livros para as escolas renovarem os seus acervos. 

A internauta @drykawitch  respondeu dizendo que o Prefeito deveria visitar as escolas para saber que o remanejamento não é praticável, uma vez que as instituições possuem pouco espaço e as áreas de leitura devem ter iluminação adequada e silêncio. Ainda nos comentários, os professores apontam a falta de estrutura para receber mais alunos e afirmam que a prefeitura  deveria investir em construir mais escolas e não sucatear as já existentes. 

Nas redes os moradores dizem ainda que a decisão foi tomada sem consultar os servidores e os pais. “Não houve diálogo! Existem leis que garantem bibliotecas em todas as escolas. Inclusive com profissional bibliotecário, mas a prefeitura nunca se mostrou preparada para essa conversa!!!”, afirmou  internauta identificada pelo perfil @anapaaulafreitta. A preocupação com a quantidade põe em risco a qualidade do ensino. “É um retrocesso sem fim!”, diz “Esse remanejamento muito tem a ver com a extinção das bibliotecas sim!”, completou o perfil 

No dia 9 de novembro, a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia comunicou o remanejamento de pelo menos 50 bibliotecas nas escolas da rede municipal. Essa ação visa abrir mais turmas para cobrir o déficit da educação. A justificativa apresentada é de que as salas de leitura são pouco utilizadas. 

Segundo o superintendente pedagógico da SME Goiânia, Marcelo Ferreira, os ambientes de leitura não serão fechados, apenas remanejados dentro das próprias instituições de ensino. “Os livros não deixarão de ser protagonistas nas escolas, bem como o atendimento aos estudantes. A reorganização, neste sentido, vai garantir atendimento a mais crianças, que precisam ser acolhidas nos Cmeis para que os pais possam trabalhar”, pontua.

As novas salas irão acomodar crianças de 4 ou 5 anos, possibilitando a ampliação de matrículas nos Cmeis para crianças com faixa etária até 3 anos. A prefeitura pretende abrir cerca de 5 mil vagas para os estudantes. 

A prefeitura ainda não se manifestou quanto aos protestos

 

 

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